Nível dos reservatórios baixa e conta de luz pode ficar mais cara

Bandeira amarela pode voltar a ser adotada a partir de setembro, o que representará uma cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh.

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Falta chuva em algumas regiões do país. Reservatórios de água em muitos lugares estão baixos e tem um alerta para o consumidor. Aumentou o risco de a conta de luz ficar mais cara a partir de setembro. O nível dos reservatórios baixou e a bandeira amarela pode voltar na conta.

Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por 70% do abastecimento em todo o sistema elétrico, estão com 48,48% da capacidade, bem abaixo de 2010, quando a economia crescia 7,5% e os reservatórios estavam 58,53%. O consumo era muito maior do que agora que a economia está em recessão.
O problema é a seca histórica no Nordeste. Hoje, os reservatórios da região Nordeste estão em 21,42%. Em 2010, eram 55,96%. No fim do mês, a Aneel vai decidir se sai a bandeira verde, livre de tarifa extra, para entrar a bandeira amarela, que tem uma cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh.

Essa taxa extra é cobrada sempre que é preciso acionar as termoelétricas, aquelas usinas que geram energia a custo mais alto, para compensar a escassez de chuva. O Bom Dia Brasil foi ouvir especialistas para explicar por que aumentou a pressão para a volta dessa bandeira amarela.

“Nordeste realmente já está causando alguma preocupação. Então, no horizonte, ele tem que olhar a possibilidade de voltar a bandeira amarela. Melhor ele olhar o horizonte de bandeira amarela do que depois, na frente, ele vir direto com a bandeira vermelha. Como foi o caso no passado, no governo anterior”, explicou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

“O consumo de energia elétrica está um pouco maior do que se previa, talvez já o início de uma recuperação. Do outro você tem uma situação, que principalmente no sistema Nordeste está um pouco preocupante, com reservatórios muito baixos. Talvez precise então ser ligadas as térmicas e, aí, isso pode dar um impacto nas bandeiras tarifárias”, afirmou Rafael Kelman,.diretor da PSR Consultoria.

Fonte: g1.globo.com (Bom dia Brasil)

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